As sociedades humanas utilizam a água para os mais diversos fins: desde o abastecimento das cidades e indústrias até a produção de alimentos ou a geração de energia elétrica. Hoje somos inevitavelmente dependentes dos recursos hídricos para sobreviver.
Calcula-se que 70% do consumo humano seja na agricultura, 20% nas indústrias e 10% no uso doméstico. Utilizamos principalmente a água doce, no entanto, a maior parte da água do planeta corresponde à salgada. Enquanto a segunda representa cerca de 97,3%, a primeira equivale a apenas 2,7%, dentro deste percentual menos de 1% é de água potável.
Mesmo assim, ainda enfrentamos o problema da poluição hídrica. Isso acontece principalmente pelo aumento de certos nutrientes, processo denominado eutrofização. O esgoto e os fertilizantes agrícolas, por exemplo, são ricos em matéria orgânica, e, quando lançados nos rios, nos lagos, nas represas ou nos mares, aumentam o nível de nitratos e fosfatos. Esses compostos são utilizados no processo nutritivo de bactérias aeróbicas, que utilizam oxigênio na água na respiração, e de algas.
O excesso de nutrientes proporciona a proliferação acelerada desses seres, o que pode turvar a água, diminuindo a taxa de fotossíntese. Como consequência, a quantidade desse gás dissolvida na água diminui, tornando o ambiente impróprio para a maioria dos seres vivos. Processo que ocorre no Rio Ipojuca.
Um outro exemplo de poluição é a maré vermelha, que corresponde há um aumento desproporcional da população de organismos microscópicos que compõem o fitoplâncton marinho devido ao despejo de esgoto no mar, formando-se manchas escuras na água. As principais algas que formam esse fenômeno são chamadas de dinoflagelados, organismos unicelulares e flagelados.
Essa proliferação excessiva, chamada de “floração nociva”, está relacionada ao aumento nos níveis de nutrientes dissolvidos na água do mar (eutrofização), associado a condições favoráveis de temperatura, salinidade e luminosidade. Ela pode ser natural ou pode ser provocada por despejo de esgotos domésticos. Através da educação, da ciência e da tecnologia, entretanto, podemos solucionar esses problemas ambientais.
11/09: DIA NACIONAL DO CERRADO
Bioma que ocupa cerca de 25% do território brasileiro e que está localizado no Centro-Oeste. É caracterizado pelo clima quente – com estação seca rigorosa – e pelos solos ácidos – pobres em minerais e que possuem grande quantidade de alumínio, substância altamente tóxica para a vegetação.
As principais plantas encontradas no bioma do cerrado são araça, murici, pau-terra, indaiá, capim-flecha e buriti.
A fauna é também muito rica: tem gavião-carcará, siriema, urubu-rei, onça-pintada, anta, tatu, veado-campineiro. As plantas do cerrado brasileiro são adaptadas a resistir ao fogo por possuírem uma camada espessa de cortiça, troncos e galhos retorcidos, folhas com um grande número de pelos e raízes que crescem até o lençol freático, e com a ação o fogo permanecem vivas.
A ocorrência do fogo, de modo espontâneo, auxilia na ciclagem de nutrientes minerais presentes na vegetação seca acumulada sobre o solo. A ação antrópica, no entanto, pode degradar extensas áreas e até extinguir espécies. Precisamos preservar este patrimônio natural brasileiro que tem um grande potencial no desenvolvimento sustentável e econômico.