A Lei 12.305/2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos promove a logística reversa, obriga os fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores a realizarem o recolhimento de resíduos sólidos. Em 2020 foram recolhidos mais de 14 mil toneladas de pneus usados no estado de Pernambuco, enquanto que no Brasil foram mais de 380 mil toneladas – número equivalente a 42,2 milhões de unidades de pneus de carro de passeio. Esse material foi direcionado para reciclagem através de pavimentação asfáltica, indústria cimenteira e confecção de artefatos de borracha, entre outros. A reutilização de pneus faz-se por meio do uso paisagístico em praças e parques, hortas e nas artes plásticas.
O descarte inadequado do pneu no meio ambiente – que leva 600 anos, em média, para decompor – traz inúmeros prejuízos ecológicos: a acumulação de água serve de criadouro para o Aedes aegypti e a muriçoca; pode obstruir a passagem de água, se jogados em córregos, canais e rios; sua queima produz gases tóxicos, prejudiciais à saúde.
Dependendo de seu uso, um pneu de um carro de passeio dura, em média, de 40 a 60 mil quilômetros. Com ações simples, pode-se contribuir para a redução dos impactos ambientais, além de proporcionar segurança e economia.
Algumas medidas são:
Calibrar os pneus a cada 15 dias, para que o desgaste seja uniforme em toda extensão do pneu;
Realizar o rodízio – alternar os pneus traseiros e dianteiros;
Manter os pneus alinhados e balanceados;
Evitar sobrecarga;
Ter bons hábitos no volante – não subir em calçadas, não estacionar sobre poças de óleos e solventes, não fazer curvas em alta velocidade e evitar freadas bruscas sem necessidade;
Evitar o tráfego nas vias em más condições.
Através destas ações concilia-se economia, segurança e meio ambiente.
Alexandre Nunes é professor e biólogo