
Uma árvore só não faz inverno
Apenas uma árvore não produz um microclima equilibrado, é necessário um conjunto delas. Por isso, precisamos de florestas para modificar condições climáticas, como a temperatura, a umidade do ar, o regime dos ventos e a insolação para criar microclimas mais favoráveis aos seres vivos.

Estudos demostram que, para assegurar a sobrevivência da própria espécie, as árvores trabalham com o coletivo. Por exemplo, quando uma árvore está doente, as outras da espécie que estão próximas fornecem nutrientes para a sua recuperação.
Em Caruaru, árvores da espécie Ficus benjamina em frente à Câmara dos Vereadores; uma delas com um enorme buraco no tronco que impede a passagem da seiva bruta e a vida da árvore – mesmo assim ela continua viva.

A espécie da acácia, muito comum no continente africano, exala um cheiro repelente composto por gás etileno para não terem as folhas devoradas por girafas.
Algumas plantas, de mesmo modo, percebendo que as suas folhas estão sendo atacadas por lagartas, produzem substâncias de defesa, por isso, percebemos que algumas espécies de plantas têm folhas perfuradas pelas lagartas, e outras, não.
Todo esse processo pode ser amplificado pela capacidade das árvores de identificarem a saliva dos insetos e começar a produzir odores para atrair predadores contra eles, realizando o combate das pragas. Isso acontece, por exemplo, com o pinheiro, que atrai pequenas vespas que depositam os ovos no corpo de lagartas que comem as folhas da planta.
Essa comunicação dos vegetais é realizada através do ar e das raízes com o objetivo de sobrevivência de toda a espécie. Os fungos realizam uma espécie de parceria com as árvores e além de ajudar na troca de nutrientes e informações de ataques de pragas, filtram os metais pesados que afetam as raízes. Até mesmo a reprodução segue um meticuloso mecanismo: as flores masculinas e femininas florescem em períodos diferentes do ano para estimular a diversidade, visto que plantas geneticamente idênticas têm maior risco de doenças e mortalidade.
Apesar da importância, a cerca de 600 quilômetros do litoral o clima fica tão seco que surgem as primeiras regiões desérticas, que são minimizadas somente pelo efeito das florestas, que, através da transpiração, produzem as chuvas. Todos esses mecanismos são para a sobrevivência da espécie e para o bem estar de todo ecossistema.